A economia da Zona Euro registou um crescimento de apenas 0,1% no segundo trimestre de 2025, conforme divulgado pelo Eurostat. Este aumento, que se verifica entre abril e junho, é semelhante ao crescimento de 0,2% na União Europeia (UE) no mesmo período. No entanto, este resultado representa uma desaceleração significativa em relação ao primeiro trimestre, onde o crescimento da economia tinha sido de 0,6% na Zona Euro e 0,5% na UE.
Analisando a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) em termos homólogos, a Zona Euro apresentou uma subida de 1,5%, enquanto a UE cresceu 1,6%. Portugal, por sua vez, posicionou-se a meio da tabela, com um crescimento da economia de 0,6% em comparação com o trimestre anterior, ocupando a 12ª posição entre os países da moeda única. A Dinamarca destacou-se como líder, com um aumento de 1,3%, seguida pela Croácia e Roménia, ambas com um crescimento de 1,2%. Em contrapartida, a Finlândia, a Alemanha e a Itália registaram quedas no PIB.
Um dos fatores que impulsionou o crescimento da economia foi o consumo das famílias e do Estado. Na Zona Euro, a despesa de consumo final das famílias aumentou 0,1%, enquanto na UE o aumento foi de 0,3%. Os gastos governamentais também mostraram um crescimento, com um aumento de 0,5% na Zona Euro e 0,7% na UE. Contudo, a formação bruta de capital fixo apresentou uma diminuição de 1,8% na Zona Euro e 1,7% na UE.
As exportações, por outro lado, tiveram um desempenho negativo, com uma queda de 0,5% na Zona Euro e 0,2% na UE, após um crescimento anterior. As importações mantiveram-se estáveis na Zona Euro, enquanto aumentaram 0,3% na UE.
Em termos de emprego, a situação na Europa também acompanhou o crescimento da economia. O número de pessoas empregadas aumentou 0,1% tanto na Zona Euro como na UE. Portugal destacou-se com o sétimo maior aumento do emprego, com um crescimento de 0,4%, apenas atrás de países como a Bulgária e a Espanha. No total, o Eurostat estima que, no segundo trimestre, 219,9 milhões de pessoas estavam empregadas na UE, sendo 171,6 milhões nos países da moeda única.
Além disso, a produtividade também teve um aumento positivo, com um crescimento de 1,1% na Zona Euro e 1,5% na UE, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Este crescimento da economia, embora modesto, é um sinal de resiliência num contexto económico global desafiador.
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Fonte: ECO