A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, defendeu que Portugal deve avançar de forma imediata com o reconhecimento do estado da Palestina, sem depender da posição de outros países e sem quaisquer condições. Esta afirmação foi feita após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros, onde o tema da Palestina foi discutido.
Paula Santos sublinhou que Portugal, enquanto país soberano, tem a legitimidade necessária para tomar esta decisão. “Devemos reconhecer a Palestina sem depender da posição de outros países”, afirmou, enfatizando a importância de agir de forma independente. O reconhecimento da Palestina, segundo a líder do PCP, deve ser feito no quadro das resoluções já aprovadas pelas Nações Unidas, que incluem o reconhecimento do Estado da Palestina nas fronteiras anteriores a 1967, com Jerusalém Leste como capital, e o direito ao regresso dos refugiados palestinianos.
Além do reconhecimento da Palestina, Paula Santos pediu ao Governo uma “firme intervenção e condenação do genocídio” em Gaza, criticando a política de ocupação e colonização que está a ser implementada por Israel. A líder do PCP destacou que o reconhecimento da Palestina é crucial do ponto de vista político e tem um significado profundo. “É preciso um cessar-fogo, ajuda humanitária e, acima de tudo, pôr fim a esta guerra e ao massacre”, lamentou.
O Governo português convocou os partidos com representação parlamentar para discutir vários temas, incluindo o Orçamento do Estado para 2026 e as alterações à lei dos estrangeiros e da nacionalidade. No entanto, a reunião de hoje focou-se apenas na questão da Palestina, e o PCP está agendado para se reunir novamente com o executivo na próxima semana.
Quando questionada sobre o Orçamento do Estado para 2026, Paula Santos preferiu não se alongar, mas deixou claro que não tem “qualquer ilusão” em relação à proposta orçamental do governo PSD/CDS-PP.
Leia também: O impacto das decisões políticas na economia nacional.
reconhecimento da Palestina reconhecimento da Palestina Nota: análise relacionada com reconhecimento da Palestina.
Leia também: Nova direção da Startup Portugal aposta no empreendedorismo nacional
Fonte: Sapo