Marcelo defende Carlos Moedas, mas fala em responsabilidade política

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, abordou a responsabilidade política do autarca de Lisboa, Carlos Moedas, em relação ao trágico acidente no elevador da Glória, que resultou em 16 mortos e 22 feridos. Apesar de reconhecer a responsabilidade política de Moedas, Marcelo considera que não faz sentido discutir a sua demissão a apenas um mês das eleições autárquicas, marcadas para 12 de outubro.

Em declarações à saída do funeral de uma das vítimas, Marcelo sublinhou que a responsabilidade política é inerente a quem ocupa cargos públicos. “Quem está à frente de uma instituição pública está sujeito a um juízo político por aquilo que aconteça de menos bem nessa instituição”, afirmou, destacando que a avaliação deve ser feita pelos eleitores. “Estar a debater a responsabilidade política e dizer que isso implica demissão quando se está a um mês de eleição é não perceber que o juízo sobre a responsabilidade política em cargos eletivos é dos eleitores”, reiterou.

O Presidente recordou que, em situações anteriores, como os incêndios em Pedrógão Grande em 2017, a exoneração de governantes não foi considerada necessária, mesmo em face de tragédias significativas. “Houve casos mais graves em que o eleitorado manteve a confiança nas lideranças políticas”, acrescentou.

Marcelo também comentou a decisão do presidente da Carris de colocar o seu lugar à disposição, considerando que Carlos Moedas “fez bem” em não aceitar essa demissão neste momento. Contudo, enfatizou que a responsabilidade política não deve ser ignorada. “A responsabilidade objetiva não pode morrer solteira”, afirmou, questionando quantas vidas seriam necessárias para que houvesse uma responsabilização efetiva.

Essas declarações suscitaram questões sobre se o Presidente estava a enviar uma mensagem específica a Carlos Moedas, ao que respondeu que não estava a passar mensagem nenhuma, pois as situações são distintas. A responsabilidade política é um tema delicado, especialmente num contexto eleitoral, e Marcelo deixou claro que a avaliação final cabe aos cidadãos.

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Fonte: ECO

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