O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, fez um apelo à união dos trabalhadores para enfrentar as alterações laborais propostas pelo Governo, que classificou como uma “declaração de guerra”. Durante o tradicional comício na Festa do Avante, que decorreu na Quinta da Atalaia, no Seixal, Raimundo sublinhou que as mudanças na legislação laboral representam uma grave ameaça aos direitos dos trabalhadores.
Segundo o líder comunista, a submissão do Governo PSD/CDS aos interesses do grande patronato resulta numa proposta que traz consigo “mais exploração, mais precariedade e mais facilidade em despedir”. “Estamos a viver um momento crítico, e não podemos aceitar mais um retrocesso nas nossas vidas”, afirmou, recebendo aplausos e cânticos de apoio da plateia.
Raimundo destacou que a resposta dos trabalhadores deve ser a unidade, especialmente face a apelos que visam dividir e criar conflitos entre eles. “O Governo pode negociar o que quiser, mas o seu pacote de alterações laborais terá a resposta que merece e pode ser derrotado nas empresas e na rua”, defendeu, convocando os trabalhadores a participarem na manifestação organizada pela CGTP, marcada para o dia 20 de setembro, em Lisboa e no Porto.
Além das questões laborais, o secretário-geral do PCP também abordou as eleições presidenciais, apelando ao apoio da candidatura de António Filipe. Para Raimundo, apoiar Filipe é uma forma de combater o retrocesso e promover uma vida melhor, conforme os princípios da Constituição.
No que diz respeito às eleições autárquicas de 12 de outubro, o PCP, através da CDU, irá apresentar candidaturas em todos os municípios do continente e da Madeira, bem como em grande parte dos Açores. O líder do PCP destacou que as listas da CDU incluem mais de 12 mil candidatos independentes, que são fundamentais para o projeto do partido.
“Os próximos meses serão exigentes, e precisamos de trabalhar juntos para garantir que as maiorias autárquicas da CDU se confirmem e que possamos conquistar novas”, afirmou. Paulo Raimundo garantiu que o PCP continuará a estar presente nas lutas diárias, defendendo que “a situação é difícil, mas o PCP está aqui para lutar”.
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Fonte: Sapo