O elevador da Glória, um dos ícones de Lisboa, passou por uma manutenção antecipada após um incidente de descarrilamento ocorrido em 2018. Na altura, a Carris, responsável pela gestão do elevador, decidiu suspender o serviço e antecipar a manutenção geral, que já estava programada para o mesmo ano. Miguel Gaspar, vereador responsável pelos transportes na Câmara Municipal de Lisboa sob a liderança de Fernando Medina, confirmou que não houve feridos entre os passageiros durante o incidente.
O descarrilamento, que ocorreu a 7 de maio de 2018, foi atribuído a um problema no estado dos rodados do elevador. O serviço foi interrompido e o elevador da Glória ficou fora de operação até 11 de junho do mesmo ano. Carlos Cipriano, jornalista do Público, destacou na sua cobertura que a Carris reconheceu uma “anomalia técnica” que levou à suspensão do serviço.
Manuel Leal, dirigente da Fectrans, recordou que, apesar do descarrilamento ter avançado para o passeio, não houve consequências graves. A Carris, que foi municipalizada em 2016, tem a responsabilidade de garantir a segurança dos seus equipamentos, e a Autoridade de Segurança de Exploração supervisiona os planos anuais de segurança da frota.
Embora a situação não tenha gerado feridos, a antecipação da manutenção do elevador da Glória reflete a preocupação da Carris com a segurança dos seus passageiros. O ex-vereador responsável pelas pastas da Mobilidade e Segurança não recebeu informações detalhadas sobre a classificação do incidente, mas reconhece que a Carris tem práticas estabelecidas para lidar com este tipo de ocorrências.
A gestão do elevador da Glória, assim como outros serviços de transporte público em Lisboa, foi transferida para a Câmara Municipal em 2016, após décadas sob a alçada do Estado. Desde então, a autarquia é a acionista única da Carris, tendo a responsabilidade de nomear a administração e garantir a operação segura dos transportes na cidade.
A manutenção do elevador da Glória é um passo importante para assegurar a confiança dos lisboetas e turistas que utilizam este meio de transporte icónico. Leia também: “A importância da manutenção nos transportes públicos”.
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Fonte: ECO