Câmara de Lisboa cria portal de transparência e fundo para vítimas

Na passada segunda-feira, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) realizou uma reunião extraordinária para discutir o descarrilamento do Elevador da Glória e as medidas a serem implementadas. A reunião, convocada pela coligação PSD/CDS-PP/IL, teve como foco a resposta a este incidente trágico.

O presidente da CML, Carlos Moedas, teve de deixar a reunião mais cedo para se reunir com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a fim de se atualizar sobre o estado dos feridos, que ainda se encontram internados. Esta saída gerou críticas do Partido Socialista, com o vereador Pedro Anastácio a afirmar que “numa situação com esta gravidade, o presidente deveria ter estado presente”.

Durante a reunião, o presidente da Carris foi questionado sobre o incidente, mas muitos vereadores sentiram que as suas dúvidas não foram completamente esclarecidas. No entanto, as propostas apresentadas por Carlos Moedas foram todas aprovadas. Entre elas, destaca-se a criação de um portal de transparência, que visa disponibilizar toda a informação e documentos solicitados relacionados com o incidente. O objetivo é garantir que a população tenha acesso a informações relevantes e que a CML possa fazer uma avaliação para o futuro, incluindo a constituição de uma equipa para desenvolver um novo sistema tecnológico para o elevador.

Outro ponto importante aprovado foi a criação de um fundo de apoio municipal às vítimas, que se destina a cobrir despesas das famílias das vítimas mortais e dos feridos, tanto graves como ligeiros. Além disso, foi aprovada uma homenagem ao guarda-freio André Marques, que incluirá a atribuição do seu nome a uma rua da cidade e a criação de um memorial coletivo.

A entrevista de Carlos Moedas, realizada no domingo, gerou controvérsia. O presidente reconheceu a sua responsabilidade política pelo acidente, mas afirmou que não pode interferir na gestão da Carris. Durante a entrevista, Moedas criticou adversários políticos, acusando o PS de “radicalização” e de “aproveitamento político” da tragédia. A candidata socialista à CML, Alexandra Leitão, respondeu, afirmando que estava “habituada aos ataques pessoais” e criticou a inação do autarca nas “96 horas” após o acidente.

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Leitão pediu mais esclarecimentos e apuramento de responsabilidades, sublinhando que não se tratava de aproveitamento político, mas sim de uma exigência para restaurar a confiança da população e honrar as vítimas.

Por outro lado, o presidente do Chega, André Ventura, anunciou que o seu partido apresentou uma moção de censura ao executivo de Carlos Moedas, considerando que o presidente falhou no seu dever de garantir a segurança da cidade. Ventura afirmou que não basta celebrar contratos de concessão; é essencial fiscalizar e agir preventivamente.

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Fonte: Sapo

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