Esta quarta-feira, a agenda política e económica da Europa é marcada por eventos significativos. A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresenta no Parlamento Europeu o seu discurso anual sobre o estado da União. Este discurso é uma oportunidade para avaliar o último ano, discutir os desafios atuais e definir as prioridades para o futuro da União Europeia. Após a apresentação, haverá um debate com os deputados, onde se espera uma troca de ideias sobre as expectativas dos cidadãos europeus.
Paralelamente, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga o Índice de Preços no Consumidor (IPC) referente ao mês de agosto. Este indicador é fundamental para monitorizar a evolução da inflação. Em julho, a inflação homóloga acelerou para 2,6%, um aumento de 0,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Os maiores aumentos foram observados nos preços de restaurantes, hotéis e alimentos, refletindo as pressões económicas que os consumidores enfrentam.
Outro ponto importante na agenda de hoje é o leilão de Bilhetes do Tesouro, organizado pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP). O leilão está marcado para as 10h30 e prevê um montante indicativo entre 1.000 e 1.250 milhões de euros, com maturidades a 15 de junho de 2035 e 11 de abril de 2042. Este leilão é uma oportunidade para o governo financiar a sua dívida pública e pode influenciar a percepção dos investidores sobre a saúde económica do país.
Além disso, o Governo português regressa à Concertação Social para discutir a reforma da lei do trabalho, após uma pausa de verão. Os sindicatos têm expressado críticas contundentes, com a CGTP a exigir a retirada do anteprojeto, enquanto a UGT rejeita as propostas apresentadas. Por outro lado, os empregadores sugerem ajustes, especialmente em áreas como o teletrabalho e despedimentos. O Partido Socialista apela a um “grande sobressalto cívico”, enquanto o Chega propõe a criação de uma delegação conjunta para abordar estas questões.
Por fim, o Eurostat irá divulgar dados sobre a evolução do setor da aviação na União Europeia, com especial atenção aos voos comerciais de agosto. No ano passado, foram registados 6,7 milhões de voos, um aumento de 5,8% em relação a 2023, embora ainda abaixo dos níveis pré-pandémicos de 2019. Esta informação é crucial para entender a recuperação do setor após os impactos da pandemia.
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Fonte: ECO
