O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, António Tajani, manifestaram hoje a sua condenação à entrada de drones russos no espaço aéreo da Polónia, durante um ataque em curso à Ucrânia. Macron descreveu a incursão como “simplesmente inaceitável” numa publicação na rede social X, pedindo à Rússia que cesse esta “corrida precipitada”. O líder francês sublinhou que não haverá concessões à segurança dos aliados e anunciou uma reunião iminente com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
António Tajani também se pronunciou sobre a situação, considerando a violação do espaço aéreo polaco por drones russos um “ato grave e inaceitável”. O ministro italiano expressou a “total solidariedade” da Itália para com a Polónia, um “país amigo e aliado”, e enfatizou que “qualquer provocação deve ser rejeitada firme e unidamente pela Europa”.
A Polónia, que partilha fronteiras com a Rússia e a Ucrânia, é membro da Aliança Atlântica e da União Europeia. Durante a madrugada, as Forças Armadas polacas relataram a entrada de dezenas de projéteis russos no seu espaço aéreo, levando as defesas polacas a neutralizar alguns deles. Este incidente resultou na morte de uma pessoa na região de Jitomir, na Ucrânia central, segundo informações das autoridades ucranianas.
O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Andrí Sibiga, atribuiu a responsabilidade do ataque russo à Polónia ao “crescente sentimento de impunidade” do Presidente russo, Vladimir Putin, que, segundo ele, não foi punido pela comunidade internacional por ações anteriores. O ministro da Defesa polaco, Wladysla Kosiniak-Kamysz, confirmou que as aeronaves russas utilizaram armamento contra alvos hostis e que estava em contacto constante com o comando da NATO.
Devido à situação, o Aeroporto de Varsóvia suspendeu os voos durante várias horas, citando o encerramento do espaço aéreo por operações militares. A União Europeia já indicou que os drones russos podem ter sido lançados intencionalmente, com a responsável pela política externa, Kaja Kallas, a afirmar que os primeiros indícios sugerem que o incidente foi deliberado.
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Fonte: Sapo
