Alexandra Leitão, candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Lisboa, acusou o atual presidente, Carlos Moedas, de planejar a retirada de milhões de euros destinados à Gebalis, a empresa municipal responsável pela promoção e gestão de imóveis de habitação municipal. Esta manobra, segundo Leitão, visa financiar o aumento das despesas relacionadas com a Web Summit.
Na sua publicação na rede social X, a antiga ministra e líder parlamentar socialista sublinhou que a administração de Carlos Moedas está a repetir um erro já cometido anteriormente. “Depois de ter desviado milhões da Carris para a Web Summit, faz agora o mesmo à Gebalis”, afirmou.
Lisboa recebeu recentemente 4,6 milhões de euros do Estado para reforçar a intervenção nos bairros municipais. No entanto, Alexandra Leitão alerta que Moedas está prestes a retirar cerca de 3 milhões de euros desses contratos-programa, o que poderá comprometer a execução de projetos essenciais para a melhoria da vida das famílias que habitam nesses bairros. “O aumento da despesa com a Web Summit, que ascende a 5,6 milhões de euros, está a ser financiado com verbas que deveriam ser utilizadas para a habitação”, criticou.
A candidata questionou ainda quais intervenções da Gebalis ficarão prejudicadas com esta decisão. “O presidente do conselho de administração da Gebalis sempre afirmou que a empresa conseguiria executar tanto quanto os recursos financeiros que lhe fossem alocados. Que obras deixam de avançar?”, indagou.
Alexandra Leitão defende que despesas obrigatórias e previsíveis, como as da Web Summit, foram suborçamentadas e que a solução encontrada por Carlos Moedas é inaceitável. A retirada de verbas da Gebalis para financiar eventos como a Web Summit, na sua opinião, demonstra uma falta de prioridade em relação às necessidades habitacionais da população.
Esta situação levanta preocupações sobre o futuro da habitação em Lisboa e a capacidade da Gebalis de cumprir com os seus compromissos. A candidata socialista apela à transparência e à responsabilidade na gestão dos recursos públicos, sublinhando que a habitação deve ser uma prioridade na agenda política da cidade.
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Fonte: Sapo