O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, anunciou que o país e o Japão vão elevar a sua relação bilateral a uma “parceria estratégica”. Esta decisão marca o início de uma nova fase na cooperação entre as duas nações, abrangendo diversas áreas, desde a economia até à cultura.
Montenegro sublinhou que esta parceria não é apenas uma designação simbólica, mas um compromisso real para aprofundar a colaboração. “Vamos trabalhar juntos em áreas como segurança, defesa, novas tecnologias e partilha de conhecimento científico”, afirmou o primeiro-ministro, após uma reunião com o primeiro-ministro japonês demissionário, Shigeru Ishiba.
Durante o encontro, Montenegro expressou gratidão a Ishiba pelas palavras de solidariedade dirigidas a Portugal em relação aos incêndios de agosto e ao trágico acidente com o Elevador da Glória, que resultou em 16 mortes. A visita de Montenegro ao Japão, que se estende por dois dias, é vista como uma demonstração de amizade entre os dois países, que mantêm relações diplomáticas há 480 anos.
A nova parceria estratégica promete aumentar a regularidade dos encontros entre os dois países, com reuniões já agendadas entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Economia. No plano económico, Montenegro destacou que mais de mil empresas portuguesas estão ativas no Japão, abrangendo setores como agricultura, indústria e energia. Com a nova parceria estratégica, espera-se que outras áreas, como proteção civil e segurança, sejam também exploradas.
O primeiro-ministro português fez questão de realçar a importância da cultura e da língua, mencionando que muitos japoneses estão a aprender português e que há ensino de japonês em Portugal. A visita à exposição de Osaka, que ocorrerá na sexta-feira, foi referida como um exemplo da cooperação cultural e económica entre os dois países, com o Pavilhão de Portugal já a atrair mais de 1,4 milhões de visitantes.
Montenegro também abordou questões internacionais, destacando a convergência de posições entre Portugal e Japão, especialmente na condenação da Rússia pela violação da soberania da Ucrânia. O primeiro-ministro japonês, por sua vez, enfatizou que a cooperação entre os dois países é crucial num mundo com desafios de segurança. Ishiba mencionou que cerca de 120 empresas japonesas operam em Portugal, com um crescimento contínuo na cooperação em energias renováveis e infraestruturas.
“Estou convencido de que esta visita representa o início de uma parceria estratégica que trará mais bem-estar e desenvolvimento para ambos os países”, concluiu Montenegro.
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Fonte: ECO