A família de Jair Bolsonaro e apoiantes do ex-presidente comemoraram o voto do juiz Luiz Fux, que pediu a absolvição de Bolsonaro em um julgamento por alegada tentativa de golpe de Estado. O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, expressou nas redes sociais que “o voto de Fux entra para a história ao desmontar a falsa narrativa de golpe e expor a perseguição contra Bolsonaro”. O ex-presidente encontra-se em prisão domiciliária e não esteve presente no tribunal.
Eduardo Bolsonaro, também filho de Jair, está atualmente nos Estados Unidos a fazer lobby junto da Administração norte-americana. Ele mencionou nas redes sociais que conselheiros de Donald Trump estão “acompanhando de perto a inquisição de Bolsonaro”. O deputado elogiou as decisões de Fux, que absolveram o pai de crimes graves, incluindo organização criminosa armada e golpe de Estado.
O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que organizou manifestações em defesa da amnistia para condenados por tentativa de golpe, partilhou um vídeo onde afirma que Fux “arrasou a farsa do golpe de Alexandre de Moraes”, o juiz relator do processo. Fux era visto como um juiz que poderia estar alinhado com a defesa de Bolsonaro, especialmente após as sanções impostas pelo governo Trump a outros juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.
Além de Bolsonaro, Fux também absolveu outros cinco réus de todas as acusações. Apenas o ex-assessor Mauro Cid e o ex-ministro Walter Braga Netto foram condenados pela tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, mas absolvidos de outros crimes. Durante a sessão, Fux argumentou a favor da anulação do processo, considerando que deveria ser julgado em primeira instância e não no STF.
Após os votos do juiz relator Alexandre de Moraes e do juiz Flávio Dino, que se pronunciaram pela condenação de Bolsonaro e outros réus, Fux defendeu a posição da defesa, criticando a falta de provas apresentadas pela Procuradoria. Ele afirmou que não havia evidências suficientes para sustentar a acusação de golpe de Estado, uma vez que Bolsonaro era presidente na altura dos acontecimentos.
Os juízes Cármen Lúcia e Cristiano Zanin ainda precisam votar, e a possibilidade de condenação de Bolsonaro depende da maioria dos votos. Se a condenação ocorrer, a entrada na prisão não será imediata, pois ainda existem recursos a serem considerados. A defesa e a acusação poderão interpor embargos de declaração para corrigir eventuais falhas na decisão.
A sessão de hoje, inicialmente marcada para as 09:00 locais, foi adiada para as 14:00, devido à longa duração da argumentação de Luiz Fux, que se estendeu por mais de 13 horas.
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Fonte: Sapo