Neuraspace recebe 25 milhões do PRR para projeto de defesa no espaço

A Neuraspace, uma startup portuguesa, anunciou um investimento significativo de 25 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o seu projeto de defesa no espaço, o Neuraspace DEF. Este projeto visa desenvolver soluções que ajudem a gerir ameaças como armas anti-satélite, interferências nas comunicações e ciberataques a satélites. O investimento total do projeto ascende a 27,5 milhões de euros, incluindo 2,5 milhões de euros provenientes da Armilar Venture Partners.

Carlos Cerqueira, COO da Neuraspace, sublinha a importância deste financiamento, que permitirá acelerar o desenvolvimento das infraestruturas de sensores e consolidar a estratégia de crescimento da empresa. “Estamos a falar de uma tecnologia proprietária, concebida e desenvolvida integralmente em Portugal. O Neuraspace DEF combina inteligência artificial, sensores integrados e automação de análise de dados, reforçando a autonomia tecnológica nacional e europeia”, explica.

Este projeto será apresentado hoje no Beato District, em Lisboa, num momento em que a Europa está a reforçar as suas capacidades de defesa, incluindo no espaço. A Neuraspace pretende oferecer aos Estados uma maior capacidade de gestão de ameaças provenientes do espaço, como espionagem orbital e colisões com detritos espaciais.

A startup já estabeleceu parcerias com a Defesa Portuguesa, particularmente com a Força Aérea, e está integrada no EMISSARY, um projeto europeu de grande escala liderado pela Leonardo e financiado pelo Fundo Europeu de Defesa. Neste contexto, a Neuraspace é responsável pelo Shared Data Store Service, um componente central da arquitetura do projeto, assegurando um papel ativo de Portugal nesta iniciativa.

Fundada em 2020, a Neuraspace fornece soluções e serviços para mais de 300 satélites comerciais. A CEO, Chiara Manfletti, afirma que a empresa tem como objetivo tornar-se o principal fornecedor europeu de soluções de Space Domain Awareness (SDA) e ser a plataforma operacional de referência para veículos espaciais autónomos. “Este é um mercado essencial, onde existe não só oportunidade, mas também a necessidade de garantir que Portugal e a Europa disponham de tecnologia própria para proteger os seus ativos espaciais e terrestres”, acrescenta Carlos Cerqueira.

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A Neuraspace conta atualmente com cerca de 30 colaboradores e planeia expandir a sua equipa, focando-se em perfis técnicos ligados à engenharia de sistemas espaciais e inteligência artificial. A empresa já possui uma subsidiária no Luxemburgo e tem planos para abrir novos escritórios em localizações estratégicas, sempre com o intuito de se aproximar dos principais ecossistemas internacionais de Defesa e Espaço.

Leia também: O papel crescente da tecnologia na defesa europeia.

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Fonte: ECO

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