Reabertura da Fábrica do Inglês em Silves inclui Museu da Cortiça

A Fábrica do Inglês, localizada em Silves, no Algarve, está prestes a passar por uma transformação significativa. Este complexo cultural, que esteve encerrado desde 2010, será reabilitado para reabrir o Museu da Cortiça e um boutique hotel, conforme anunciado pelos novos proprietários. O projeto está a cargo das promotoras imobiliárias Antrix e Carvoeiro Branco, que planeiam investir 25 milhões de euros na revitalização do espaço.

As obras estão previstas para começar em 2026, com uma duração estimada de dois a três anos. O objetivo é recuperar os edifícios históricos do século XIX, incluindo um antigo chalet que será transformado numa casa de chá. O fundador da Carvoeiro Branco, Erik de Vlieger, revelou que a prioridade é a reabertura do Museu da Cortiça, que foi considerado o melhor museu industrial da Europa em 2001, ano em que atraiu mais de 100 mil visitantes. A expectativa é que o museu possa reabrir antes do verão de 2024.

De Vlieger destacou a importância de devolver vida a um espaço que foi deixado ao abandono após um investimento mal sucedido. “Este projeto representa um desafio e um dever de responsabilidade patrimonial”, afirmou. Além da reabilitação do Museu da Cortiça, o projeto inclui a criação de cerca de 80 novos postos de trabalho, com os escritórios da Antrix e da Carvoeiro Branco a serem instalados no local.

A Fábrica do Inglês, construída em 1894, foi inicialmente uma unidade de transformação de cortiça. Em 1908, Victor Sadler, um britânico, assumiu a gestão da fábrica, tornando-se uma figura icónica associada ao seu nome. Após o encerramento da atividade industrial, o complexo foi reabilitado e, em 1999, abriu como Museu da Cortiça. Durante vários anos, o espaço também acolheu concertos, exposições e eventos culturais, consolidando-se como um centro cultural dinâmico.

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Infelizmente, a unidade encerrou em 2010 devido à insolvência da empresa gestora, mas a sua importância histórica e cultural não foi esquecida. Classificada como Monumento de Interesse Municipal, a Fábrica do Inglês aguarda a conclusão do processo para ser reconhecida como Monumento de Interesse Público.

A reabertura do Museu da Cortiça e do boutique hotel representa uma nova era para a Fábrica do Inglês, que promete revitalizar a cultura e a economia local. Leia também: O impacto da reabilitação de património na economia regional.

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Fonte: ECO

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