A Inspeção-Geral de Finanças (IGF) manifestou, esta quinta-feira, a sua desilusão por não ter sido contemplada na recente reforma do Ministério das Finanças, que introduziu suplementos remuneratórios de até 25% para os seus trabalhadores. Durante uma audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, o inspetor-geral António Ferreira dos Santos afirmou que a IGF sente “alguma mágoa” por ter ficado de fora deste processo.
Ferreira dos Santos explicou que a justificação para a exclusão da IGF está relacionada com a inclusão de outras inspeções-gerais que atuam em áreas distintas das Finanças. “Estamos pacientemente a aguardar a reforma das funções inspetivas. Neste momento, sentimos com alguma mágoa e temos tido dificuldade de explicar isto aos nossos recursos humanos”, disse.
A IGF tem enfrentado desafios na contratação de novos colaboradores, uma vez que, segundo o inspetor-geral, “há várias entidades que pagam melhor”. Esta situação tem dificultado a atração de talento, o que pode impactar a eficácia da instituição. Ferreira dos Santos destacou que a IGF tem atualmente 190 colaboradores, incluindo dirigentes e trabalhadores, e que está prevista a entrada de 22 novos inspetores a partir de 1 de outubro. Este número representa um aumento significativo, comparado com os 133 colaboradores que a IGF tinha no final de 2020, o que equivale a um crescimento de quase 60% em cinco anos.
No que diz respeito à sua atividade, a IGF realizou no ano passado 338 ações, auditou 202 entidades e produziu 143 relatórios. A entidade auditou um total de 26 mil milhões de euros, incluindo cinco mil milhões de euros em fundos europeus. Ferreira dos Santos sublinhou a importância de resolver rapidamente a questão dos suplementos remuneratórios, uma vez que a exclusão da IGF da reforma tem prejudicado o ambiente interno da instituição.
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Fonte: ECO