O secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, fez uma declaração contundente em resposta ao primeiro-ministro, sublinhando que “as pessoas não são linhas vermelhas”. Esta afirmação surge no contexto da oposição do PS às propostas do Governo para a alteração da lei laboral, que, segundo Carneiro, ameaçam os direitos dos trabalhadores, especialmente dos jovens e das mulheres.
Durante uma visita a Ribeira de Pena, onde se encontrava a apoiar a recandidatura do presidente da Câmara, João Noronha, Carneiro enfatizou que a posição do PS é clara: o Orçamento do Estado (OE) não pode apoiar mudanças que coloquem em risco a vida dos trabalhadores. “Quando dizemos que o OE não pode dar respaldo a alterações que ofendem os mais jovens e os trabalhadores mais vulneráveis, estamos a defender a dignidade das pessoas”, afirmou.
A discussão sobre o próximo OE foi também abordada por Luís Montenegro, líder da oposição, que considerou que o debate será “relativamente simples”, mas alertou que o Governo não irá negociar sob pressão de ultimatos ou linhas vermelhas. Esta declaração provocou a reação de Carneiro, que reafirmou a necessidade de defender os direitos dos trabalhadores.
Durante uma viagem pela Estrada Nacional 2, Carneiro reiterou a posição do PS de se opor a qualquer proposta que inclua alterações prejudiciais à legislação laboral. “As leis laborais têm dimensões que ofendem gravemente os mais jovens e as mulheres trabalhadoras, e isso não pode ser ignorado”, disse o secretário-geral do PS.
Carneiro também destacou a importância de uma estabilidade política que se baseie em princípios de justiça social e dignidade. “É fundamental que a estabilidade assente em valores que respeitem os direitos dos trabalhadores e a dignidade das pessoas”, concluiu. Aguardam-se agora as propostas do próximo OE, que deverão ser analisadas à luz destes princípios.
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direitos dos trabalhadores direitos dos trabalhadores Nota: análise relacionada com direitos dos trabalhadores.
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Fonte: Sapo