No segundo trimestre de 2023, a balança comercial de Angola registou uma diminuição significativa, fixando-se em 2,99 biliões de kwanzas, o que equivale a cerca de 2,8 mil milhões de euros. Este resultado reflete uma queda de 17,54% nas exportações de Angola e um aumento de 19% nas importações, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
Este recuo nas exportações de Angola representa uma diferença de quase dois biliões de kwanzas, aproximadamente 1,8 mil milhões de euros, em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o saldo era de 4,90 biliões de kwanzas. A principal causa desta diminuição está relacionada com a volatilidade dos preços do petróleo bruto, que continua a ser o principal produto de exportação do país.
O petróleo, que representa 89,2% do total das exportações de Angola, foi seguido por pedras e metais preciosos, que contribuíram com 6% para o total exportado. A Ásia destacou-se como o principal destino das exportações angolanas, absorvendo 68,1% do total, com a China a liderar, recebendo 42,54% das exportações. Outros destinos significativos incluem a Índia (10,32%), a Indonésia (7,37%) e Espanha (6,58%).
Em contrapartida, as importações de Angola também mostraram um crescimento notável, com as máquinas e aparelhos a representarem 28,7% do total. Os combustíveis e minerais seguiram com 12,2%, enquanto os produtos alimentares corresponderam a 9,7% das importações. A Ásia foi novamente a região que mais forneceu a Angola, com 42,9% das compras, seguida pela Europa, que representou 33,6% do total.
Os principais fornecedores de Angola no segundo trimestre foram a China, com 21,34% das importações, seguida por Portugal (10,28%), Reino Unido (7,26%) e Estados Unidos (6,06%). No contexto africano, a República Democrática do Congo destacou-se como o maior cliente de Angola, com 43,39% das exportações, enquanto a África do Sul foi o país que mais vendeu bens a Angola, representando 37,69% das importações africanas.
As exportações de Angola continuam a depender fortemente de “Combustíveis e Lubrificantes”, que compõem 88,9% do total, embora esta categoria tenha registado a maior queda em termos absolutos no período analisado. Por outro lado, nas importações, os produtos mais adquiridos foram os fornecimentos industriais (27,9%), seguidos por bens de capital (27,4%) e produtos alimentares e bebidas (14,4%).
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exportações de Angola Nota: análise relacionada com exportações de Angola.
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Fonte: Sapo