Sete riscos dos cartões de crédito que deve conhecer

Os cartões de crédito são uma ferramenta financeira prática, mas muitos consumidores não estão cientes dos riscos associados à sua utilização. Em Portugal, a facilidade de acesso a estes cartões pode levar a armadilhas que comprometem o orçamento e a estabilidade financeira. Neste artigo, vamos explorar os sete principais riscos dos cartões de crédito que todos devem conhecer.

Um dos maiores perigos é a facilidade com que se pode acumular dívida. O cartão de crédito permite adiar o pagamento, levando muitos a optar por liquidar apenas o valor mínimo da fatura. Embora pareça uma solução simples, esta prática pode rapidamente transformar-se num ciclo vicioso. A tentação de realizar compras que não estão previstas no orçamento mensal aumenta, e em poucos meses, pequenas despesas podem resultar numa dívida significativa. Quanto mais tempo se adia o pagamento total, mais juros se acumulam, tornando a situação financeira ainda mais complicada.

Os juros associados aos cartões de crédito são outro fator a ter em conta. Em Portugal, a taxa anual nominal (TAN) pode variar entre 14% e 18%. Assim, uma dívida de 1.000 euros pode crescer rapidamente, tornando-se um encargo difícil de suportar. Muitos acreditam que conseguem pagar aos poucos, mas, na prática, uma parte significativa do valor pago destina-se apenas aos juros, deixando o capital quase intocado e prolongando a dívida por anos.

Além disso, o impacto psicológico da utilização do cartão de crédito não deve ser subestimado. Como o dinheiro não sai imediatamente da conta, a percepção do gasto diminui, incentivando compras por impulso. Muitas vezes, estas decisões são motivadas por emoções como o stress ou a euforia. No final do mês, o total acumulado pode ser surpreendente, e pagar tudo de uma vez pode tornar-se uma tarefa difícil, levando a recorrer a mais crédito.

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A segurança também é uma preocupação relevante. Apesar dos avanços na segurança digital, os cartões de crédito continuam a ser alvo de fraudes, como clonagens e compras não autorizadas. Embora muitas instituições ofereçam seguros contra fraudes, isso não elimina o transtorno nem garante a recuperação imediata dos valores. Quanto mais tempo demorar a identificar a fraude, maior será o prejuízo.

Outro risco importante são as penalizações associadas ao incumprimento. Atrasar ou falhar o pagamento da fatura resulta em juros de mora e comissões de incumprimento, podendo até levar à redução do limite ou ao cancelamento do cartão. Estas penalizações afetam o histórico de crédito no Banco de Portugal, dificultando a aprovação de futuros financiamentos.

Ter cartões de crédito ativos, mesmo sem utilização, influencia o perfil financeiro perante os bancos. Todas as linhas de crédito são registadas no Mapa de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal. Se já houver valores em dívida, estes entram no cálculo da taxa de esforço. Se esta ultrapassar os 50%, será difícil obter um novo empréstimo, e entre 35% e 50%, poderá ser necessário apresentar garantias adicionais.

Por fim, é importante estar atento aos sinais de que o cartão de crédito se tornou um problema. Pagar apenas o valor mínimo, não saber as datas de pagamento, acumular dívidas em vários cartões ou recorrer ao crédito para despesas essenciais são comportamentos que indicam que a dependência do crédito se instalou. Ignorar estes sinais pode agravar o risco de incumprimento e comprometer a saúde financeira.

Os cartões de crédito podem ser uma ferramenta útil se utilizados com responsabilidade. No entanto, é fundamental conhecer os riscos associados para evitar dívidas insustentáveis e proteger a sua saúde financeira.

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Fonte: Doutor Finanças

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