Amin Maalouf alerta para perigos da humanidade e fala de esperança

O escritor libanês Amin Maalouf afirmou, durante uma conferência no México, que a humanidade atravessa um dos períodos mais perigosos da sua história. No entanto, ele expressou confiança na capacidade das sociedades de encontrar “uma onda de humanidade” que as ajude a superar estes desafios.

Maalouf, que foi recentemente distinguido com o Prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas de 2025, destacou que, apesar da devastação que se avizinha, é fundamental que as pessoas se convençam da sua força interior para resistir. “Acredito que nos espera muita devastação, mas devemos acreditar que encontraremos a força para sobreviver”, afirmou o autor durante a sua intervenção em Guadalajara.

O escritor é conhecido pela sua obra “As Cruzadas Vistas pelos Árabes”, que foi elogiada pela sua capacidade de explorar as complexidades do mundo moderno. A porta-voz do júri, Carmen Alemany, sublinhou que os romances e ensaios de Maalouf abordam temas como a memória e o exílio, desafiando visões estreitas de nacionalismo e religião. O seu pensamento humanista e crítico recorda-nos que a esperança reside no reconhecimento das nossas heranças partilhadas.

Maalouf, que vive em Paris desde 1976, também criticou os países desenvolvidos que, após beneficiarem do talento de muitos migrantes, agora hesitam em acolhê-los. Ele argumentou que o fortalecimento da identidade é uma forma de lidar com um mundo que carece de solidariedade.

O autor, nascido em Beirute em 1949, receberá o prémio no dia 29 de novembro, durante a cerimónia de abertura da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, que decorre até 8 de dezembro. Este ano, a feira é dedicada a Barcelona e o Prémio FIL, que tem um valor de 150 mil dólares (cerca de 128 mil euros), reconhece a obra de escritores de várias línguas.

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A edição deste ano contou com 63 nomeações, abrangendo 48 escritores de seis línguas e 18 países, incluindo Espanha, El Salvador, Colômbia, México, Argentina, Nicarágua, Cuba, Chile, Japão, Líbano, França, Senegal, Marrocos, Guiné, Itália, Cabo Verde, Brasil e Portugal.

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Fonte: Sapo

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