Comissão Europeia promete proteger agricultores com acordo Mercosul

A Comissão Europeia anunciou que irá implementar medidas para proteger os agricultores da União Europeia (UE) face às potenciais disrupções resultantes do acordo com o Mercosul. Este acordo, que visa criar a maior zona de comércio livre do mundo, poderá aumentar as exportações da UE para os países da América Latina em 39% anualmente, o que representa um acréscimo de 49 mil milhões de euros.

De acordo com a informação divulgada esta quarta-feira, 3 de setembro, o executivo comunitário está a preparar propostas que serão apresentadas ao Conselho da UE para discussão. O acordo prevê a redução de encargos aduaneiros que atualmente são considerados proibitivos para as exportações da UE. Isso inclui produtos industriais essenciais, como automóveis, maquinaria e produtos farmacêuticos, cujas tarifas podem chegar até 35% e 20%.

A Comissão Europeia estima que as exportações agroalimentares da UE poderão crescer pelo menos 50% com a redução das tarifas, especialmente em produtos como vinho, bebidas brancas, chocolate e azeite. Além disso, o acordo inclui medidas para prevenir a imitação e a competição desleal de 344 produtos com indicação de proteção geográfica.

Uma das principais inovações apresentadas pela Comissão Europeia são as salvaguardas específicas para o setor agrícola, que tem sido um dos críticos mais vocais do acordo. O comissário europeu para o Comércio, Maroš Šefčovič, afirmou em conferência de imprensa que “ouvimos todas as partes interessadas” e que as salvaguardas visam proteger os produtores de um aumento prejudicial das importações provenientes dos países do Mercosul.

Essas salvaguardas permitirão à Comissão Europeia monitorizar o impacto das importações no mercado da UE. Se forem identificadas disrupções, como no caso da carne bovina, a Comissão poderá iniciar um processo de monitorização que poderá durar cerca de seis meses. Com base nas conclusões, poderão ser aplicadas tarifas unilaterais para controlar essas disrupções.

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Os países do Mercosul incluem Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai. A Comissão Europeia espera concluir o processo até ao final do ano, aproveitando a presidência brasileira do Mercosul. No entanto, o acordo ainda precisa ser analisado pelo Parlamento Europeu e pelos 27 Estados-membros.

Leia também: O impacto do acordo Mercosul na agricultura europeia.

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Fonte: Sapo

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