Setembro: Oportunidades para otimizar o IRS e a fatura fiscal

Setembro é um mês de recomeços e oportunidades, marcado pela transição das estações e pelo início de novos ciclos. É um período em que muitos aproveitam para definir objetivos para o ano seguinte, e o Estado não é exceção. Em breve, serão apresentadas as propostas para o Orçamento do Estado de 2026, o que nos dá a oportunidade de planear a otimização do IRS e a fatura fiscal de 2025.

A otimização do IRS é fundamental para que os cidadãos possam gerir melhor as suas finanças e pagar o menos possível. Os benefícios fiscais para pessoas singulares incluem isenções, reduções de taxas e deduções ao rendimento coletável, que é o rendimento bruto anual menos as contribuições para a Segurança Social. É importante compreender como funciona a fatura fiscal, que representa o montante que devemos ao Estado, para que possamos tirar o máximo proveito dela.

Um dos pontos a ter em conta na otimização do IRS são as despesas gerais e familiares, que permitem uma dedução de 35% até um limite de 250 euros por sujeito passivo. Por exemplo, numa família com dois adultos e dois dependentes, se as despesas gerais totalizarem 10.000 euros, a dedução será limitada a 500 euros, mesmo que o valor calculado seja superior. Para famílias monoparentais, a dedução sobe para 45%, com um limite de 335 euros.

As deduções também se aplicam a despesas de saúde, educação e encargos com imóveis. As despesas de saúde permitem uma dedução de 15% com um limite de 1.000 euros, enquanto as despesas de educação e formação têm uma dedução de 30% até 800 euros, podendo chegar a 1.000 euros em casos específicos. É importante que os contribuintes validem as suas faturas no e-fatura antes do final do ano para garantir que atingem os limites de dedução.

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A partir de 2025, as regras para as deduções à coleta vão mudar, com limites que variam consoante o escalão de rendimento. Para rendimentos coletáveis inferiores a 8.059 euros, não há limite. Para rendimentos entre 8.059 e 80.000 euros, o limite é calculado por uma fórmula específica, e para rendimentos superiores a 80.000 euros, o limite é fixo em 1.000 euros. Para agregados com três ou mais dependentes, os limites são aumentados em 5% por cada dependente.

Neste contexto, a otimização do IRS pode ser uma estratégia vantajosa. A subscrição de seguros, por exemplo, pode resultar numa dedução à coleta que varia entre 300 e 400 euros por sujeito passivo, dependendo da idade. É crucial que os contribuintes estejam atentos às tabelas de retenção na fonte, que sofrerão ajustes nos próximos meses, pois isso pode impactar os reembolsos de IRS em 2026.

Em suma, setembro é o momento ideal para rever as finanças e considerar a otimização do IRS. Com as mudanças que se avizinham, é importante agir de forma consciente e aproveitar as oportunidades fiscais que este mês oferece. Leia também: Como planear as suas finanças para 2024.

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Fonte: ECO

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