Governo conclui compra da Lusa em breve e discute novo modelo

O Governo português anunciou que a compra da totalidade da Lusa será finalizada “nas próximas semanas”. António Leitão Amaro, ministro da Presidência, fez esta declaração durante uma visita à sede da agência noticiosa em Lisboa, onde se reuniu com o Conselho de Administração e a Direção de Informação.

O ministro destacou que esta aquisição é um sinal de confiança no trabalho da Lusa, sublinhando que a agência deve servir a verdade e não os interesses do Governo. “É fundamental que a Lusa mantenha a sua independência, especialmente no combate à desinformação”, afirmou Leitão Amaro.

Em julho de 2024, o Estado já tinha adquirido participações da Global Media e da Páginas Civilizadas na Lusa. A compra dos 23,36% do Global Media Group e dos 22,35% da Páginas Civilizadas estava condicionada à saída do World Opportunity Fund (WOF), o que permitiu ao Estado avançar com o negócio. Além disso, o Governo manifestou interesse em adquirir as posições minoritárias de outros acionistas, como a NP – Notícias de Portugal, Público, RTP e a Empresa do Diário do Minho.

Relativamente ao novo modelo de governação da Lusa, Leitão Amaro afirmou que ainda está tudo em aberto. O presidente do Conselho de Administração, Joaquim Carreira, defende um modelo semelhante ao da RTP, que inclui uma separação de poderes e garante a independência editorial e financeira da agência.

O ministro também mencionou que uma das prioridades do plano de ação para a comunicação social é a injeção de mais recursos na Lusa. Esta medida será refletida no próximo Orçamento do Estado, com o objetivo de promover a transformação tecnológica da agência, reforçar os recursos humanos e combater o fenómeno do “deserto noticioso” em várias regiões do país.

Durante a visita, alguns trabalhadores questionaram o ministro sobre a possibilidade de o sistema de verificação de factos do Governo descredibilizar o trabalho dos jornalistas. Leitão Amaro assegurou que o Governo pretende continuar a combater as fake news, mas enfatizou que não pretende substituir o papel fundamental que os jornalistas desempenham nesta luta.

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Fonte: ECO

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