O presidente do Chega, André Ventura, expressou hoje o seu orgulho em relação aos recentes acontecimentos em Múrcia, no sul de Espanha, onde ocorreram incidentes violentos em Torre Pacheco, após um apelo islamófobo na Internet para uma “caçada a imigrantes”. Ventura, que falava num evento em Madrid organizado pelo partido de extrema-direita Vox, defendeu a necessidade de uma Europa com menos imigração e criticou a participação de ativistas em flotilhas que tentam chegar a Gaza, alegando que estes se distraem em festas em locais como Ibiza e Menorca.
“Continuaremos juntos a lutar pelo que acreditamos, uma Europa com menos imigração. O que aconteceu em Múrcia enche-me de orgulho como europeu”, afirmou Ventura, perante uma plateia de centenas de pessoas. O líder do Chega destacou a importância de mostrar que a sociedade não tem medo da criminalidade associada à imigração, referindo que “há uma tolerância gigantesca com a criminalidade importada”.
Os distúrbios em Torre Pacheco, onde cerca de 30% da população é imigrante ou de origem estrangeira, foram desencadeados por um ataque a um homem de 68 anos, que foi agredido sem motivo aparente. Ventura afirmou que é crucial que quem chega à Europa cumpra regras, e que aqueles que não o fizerem devem ser expulsos.
Questionado sobre se a criminalidade se resolve com uma “caçada a imigrantes”, Ventura respondeu que é necessário mostrar coragem e não se deixar condicionar. “O que aconteceu em Múrcia foi uma mensagem clara para quem quer vir para a Europa. A Europa sempre foi um espaço de acolhimento, mas há limites”, sublinhou.
No evento, Ventura também se referiu ao ativista ultraconservador norte-americano Charlie Kirk, que foi assassinado recentemente, afirmando que a sua morte ilustra a violência que pode surgir em resposta a narrativas da esquerda. O líder do Chega rejeitou estar a fomentar uma “guerra civilizacional”, responsabilizando a imprensa e instituições académicas por alimentarem divisões.
O encontro “Europa Viva 25”, organizado pelo Vox, teve como objetivo reunir partidos da direita radical, com Ventura a ser um dos poucos líderes presentes. Outros dirigentes europeus, como o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, participaram através de vídeos. Ventura concluiu a sua intervenção pedindo o fim do socialismo na Europa e a prisão do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.
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Fonte: Sapo