Netanyahu criticado na ONU por discurso “pejado de mentiras”

O discurso do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na Assembleia-Geral da ONU, foi alvo de críticas severas por parte de um responsável da Autoridade Palestiniana. Adel Atieh, diretor do departamento de assuntos europeus do Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano, descreveu as palavras de Netanyahu como “pejadas de mentiras e falsidades”.

Atieh afirmou que o discurso refletia a desesperança de um líder que tenta recuperar a confiança do Ocidente, que se distanciou cada vez mais de Israel, um Estado que, segundo ele, é visto como genocida. “Foi o discurso de um homem derrotado, que não apresenta visão nem perspetiva, mas sim um isolamento crescente”, acrescentou.

Durante a sua intervenção, Netanyahu manteve um tom ofensivo e rejeitou as acusações de genocídio na Faixa de Gaza, prometendo continuar a luta contra o movimento islamita Hamas. O primeiro-ministro criticou os países ocidentais que reconheceram o Estado palestiniano, incluindo Portugal, afirmando que estavam a “ceder ao Hamas” e a enviar uma mensagem errada sobre a violência contra os judeus.

Recentemente, Portugal, Reino Unido, Canadá e Austrália reconheceram oficialmente o Estado da Palestina. Esta decisão, tomada durante uma cimeira à margem da Assembleia-Geral da ONU, provocou a ira de Israel, que vê este reconhecimento como uma ameaça à sua segurança.

A situação em Gaza continua a deteriorar-se desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023, que se seguiu a um ataque do Hamas que resultou em cerca de 1.200 mortos e 251 reféns em Israel. Até agora, as autoridades locais reportam mais de 65.549 mortos, a maioria civis, e 167.518 feridos. A ONU considera estes números fidedignos e alerta para uma crise humanitária sem precedentes.

A escassez de alimentos, provocada por mais de dois meses de bloqueio de ajuda humanitária, tem levado a mortes diárias por fome. O Exército israelita tem sido acusado de abrir fogo sobre civis em busca de mantimentos, resultando em mais de 2.500 mortos e 18.600 feridos. A ONU já declarou Gaza como uma área em “situação de fome catastrófica”, com mais de 2,1 milhões de pessoas a sofrerem as consequências.

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A situação é tão grave que, em agosto, a ONU emitiu uma declaração oficial sobre o estado de fome em Gaza. Além disso, uma comissão especial da ONU, no final de 2024, acusou Israel de genocídio e de usar a fome como arma de guerra, uma alegação que também foi apoiada por vários países e organizações de direitos humanos.

Leia também: O impacto do reconhecimento do Estado da Palestina na política internacional.

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Fonte: Sapo

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