Odivelas: A luta do PS e a queda do PCP nas autárquicas

Odivelas, um dos municípios mais populosos de Portugal, tem sido um campo de batalha política desde a sua criação em 1998. O PS, que tem dominado a autarquia, enfrenta agora um desafio significativo, com a ascensão do Chega e a queda do PCP, que historicamente teve um papel forte na região.

A história de Odivelas começa em 1998, quando se tornou um concelho autónomo. Na altura, a Assembleia da República discutiu a criação de novos municípios, e Odivelas, com uma população de mais de 150 mil habitantes, foi um dos dois concelhos a ser aprovado, ao lado da Trofa. Desde então, Odivelas tem crescido e se afirmado como o 15.º maior município do país.

Nas primeiras autárquicas de 2001, o PS conseguiu a vitória, mas sem maioria absoluta, enquanto o PCP, que tinha sido forte em Loures, ficou atrás do PSD. O PS conquistou todas as juntas de freguesia, mas a luta pelo poder nunca foi fácil. Ao longo dos anos, o PCP tentou recuperar terreno, mas as suas tentativas foram em vão, especialmente nas últimas eleições, onde o partido viu a sua influência diminuir drasticamente.

O atual presidente da câmara, Hugo Martins, assumiu o cargo em 2015 e, em 2021, conseguiu uma maioria absoluta. Contudo, a situação política em Odivelas está a mudar. Com a crescente popularidade do Chega, que obteve cerca de 25% dos votos nas legislativas de maio, o futuro do PCP na autarquia parece incerto. O partido, que obteve apenas 3% nas últimas eleições, enfrenta um cenário desafiador.

As autárquicas de 12 de outubro de 2025 prometem ser um momento decisivo. Hugo Martins e Marco Pina, candidato do PSD, são os principais contendores. Pina, que já foi vereador, apresenta-se agora com uma coligação mais reduzida, mas focada em conquistar a câmara. A CDU, por sua vez, tenta manter a sua representação com Florentino Serralheira, enquanto o Chega aposta em Fernando Pedroso.

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A história de Odivelas é marcada por um crescimento demográfico significativo e uma luta constante pelo poder político. O PS, que tem mantido a sua influência, agora enfrenta a pressão de novos partidos e a necessidade de se adaptar a um eleitorado em mudança. O futuro político de Odivelas está em jogo, e as próximas eleições poderão definir o rumo da autarquia.

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Fonte: ECO

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