Investimento em capital de risco em startups cresce 26% em 2024

O investimento em capital de risco em startups em fase inicial registou um aumento significativo em 2024, subindo 26% em comparação com o ano anterior. No total, foram investidos mais de 2 mil milhões de euros em seed capital, startups e early stage, conforme revela o “Relatório sobre atividade de capital de risco” da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), divulgado esta quinta-feira.

Este crescimento é acompanhado por um aumento notável no investimento destinado à expansão das empresas, que disparou 48%, atingindo 2,9 mil milhões de euros. O relatório destaca que, no final de 2024, existiam 80 entidades gestoras de Organismos de Investimento Alternativo (OIA) de capital de risco, um aumento de 13% face a 2023. O número total de OIA de capital de risco em atividade também cresceu, passando para 348, com um aumento de 23%. O montante sob gestão subiu 11%, alcançando 10,3 mil milhões de euros, e o número de participantes aumentou cerca de 14%, totalizando 17.020, dos quais 82% são investidores não profissionais.

Os dados mostram que a aposta dos investidores em fases iniciais das empresas está a dar frutos. O investimento em seed capital e startups cresceu em 427 milhões de euros, totalizando 2.080 milhões de euros no final do ano. O mesmo se aplica ao investimento em expansão, que aumentou para 2.908 milhões de euros, refletindo uma tendência positiva no setor do capital de risco.

Por outro lado, o investimento em empresas que buscam reorientar a sua estratégia apresentou uma queda. O investimento em turnaround diminuiu de 913 milhões de euros para 678 milhões de euros, uma descida de 26%. Em contraste, o investimento em processos de management buyout (MBO) subiu 26%, alcançando 318 milhões de euros. O investimento em management buyin, por sua vez, caiu 31%, totalizando apenas 13 milhões de euros.

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Comparando com o panorama europeu, o relatório da CMVM revela algumas diferenças significativas. Em Portugal, a fase de expansão representa 37% do investimento em capital de risco, enquanto na Europa esse número é de apenas 15%. Em contrapartida, o investimento em management buyout é predominante na Europa, representando 69%, enquanto em Portugal apenas 4% do investimento se destina a esta fase.

O valor médio das aquisições de participações sociais também sofreu alterações. O valor total das aquisições caiu de 2.130 milhões de euros para 1.690 milhões de euros, representando 55% do total das transações. Contudo, o número de transações aumentou, passando de 1.792 para 2.344. O valor médio por aquisição, no entanto, diminuiu, fixando-se em cerca de 700 mil euros.

Em 2024, foram registadas 768 operações de venda de participações sociais, com um valor total de 1.394 milhões de euros, superando os valores de 2023. O valor médio das alienações cresceu de 1,1 milhões para 1,8 milhões de euros.

O relatório também aponta que 29% das alienações de participações sociais resultaram em mais-valias, totalizando 481 milhões de euros, enquanto 36 transações registaram menos-valias.

Por fim, o relatório destaca o aumento do valor sob gestão de algumas entidades no mercado nacional, como a Lynx Asset Managers e a Bluecrow – SCR, que agora integra o grupo das cinco principais entidades gestoras de OIA de capital de risco.

Leia também: O impacto do capital de risco no crescimento das startups em Portugal.

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Fonte: ECO

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