O primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof, anunciou que a China irá retomar as exportações de chips da Nexperia, uma decisão que pode ter um impacto significativo no setor automóvel. Esta informação foi divulgada durante uma entrevista à margem da cimeira climática que decorre em Belém, no Brasil, e surge após a Bloomberg ter noticiado que o governo neerlandês estava disposto a abdicar do controlo sobre a Nexperia, desde que a China recomeçasse as entregas.
Schoof afirmou: “Fomos informados pela China de que irão permitir a retoma do fornecimento a partir das fábricas chinesas da Nexperia”. Esta decisão é vista como um passo importante para os Países Baixos, que pretendem deixar cair o controlo sobre a empresa, que pertence à Wingtech Technology Co. A medida implica a anulação de uma ordem ministerial que conferia ao governo neerlandês o poder de bloquear ou alterar decisões cruciais da Nexperia.
A intervenção do governo dos Países Baixos na Nexperia levou a uma retaliação por parte da China, que impôs restrições à exportação de componentes da unidade chinesa da empresa. Esta situação deixou muitas empresas em dificuldades, incluindo a Bosch em Portugal, que se viu obrigada a recorrer ao lay-off devido à falta de componentes.
A retoma das exportações de chips é, assim, uma boa notícia para o setor automóvel, que depende fortemente destes semicondutores. A escassez de chips tem sido um dos principais desafios enfrentados pela indústria, resultando em atrasos na produção e perdas financeiras significativas. A expectativa é que a normalização das exportações de chips da Nexperia ajude a aliviar algumas dessas pressões.
Com a crescente dependência da tecnologia e da digitalização, o fornecimento de chips tornou-se um tema central nas relações comerciais internacionais. A retoma das exportações de chips da Nexperia poderá, portanto, não apenas beneficiar os Países Baixos e a China, mas também ter repercussões positivas em mercados globais.
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Fonte: ECO





