A Conferência Anual do Setor Privado (CASP) em Moçambique, que decorre até sexta-feira em Maputo, está a discutir uma série de projetos avaliados em 1.500 milhões de dólares. Os setores em destaque incluem energia, agricultura, industrialização e tecnologia, conforme revelou uma fonte oficial.
Onório Manuel, vice-presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique, sublinhou a importância da energia, afirmando que o país se posiciona como um importante hub regional. “Temos projetos que vão ser debatidos para financiar a atividade agrícola e o setor de energia. Moçambique é uma prioridade para dinamizar estas áreas”, afirmou à Lusa.
A XX CASP, que teve início na quarta-feira, foca-se em áreas produtivas e na necessidade de reduzir a dependência de importações. “O país tem a oportunidade de atrair investimentos nacionais e estrangeiros para desenvolver indústrias que sustentem o mercado doméstico e sirvam a região, que conta com mais de 400 milhões de pessoas”, acrescentou Onório Manuel.
Além da energia e da industrialização, a conferência também aborda projetos nas áreas do turismo e da logística. A CTA, em parceria com o Governo moçambicano, considera que estas iniciativas beneficiarão as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) e gerarão empregos, especialmente para os jovens.
“Queremos garantir que haja projetos também no processo de digitalização. Para competir, é necessário reduzir custos e simplificar procedimentos. A competitividade depende de mecanismos modernos e tecnológicos”, destacou o vice-presidente da CTA. A prioridade em projetos nestas áreas visa responder aos desafios atuais, como o desemprego e a desaceleração económica.
A CTA está a avaliar os resultados da XIX edição da CASP, realizada em maio de 2024, que discutiu projetos avaliados em cerca de 1.200 milhões de dólares. A CASP de 2025, que contará com mais de 2.000 participantes e 80 expositores, terá como lema “Reformar para Competir: Caminhos para Relançamento Económico”. A exposição Mozambique Home Expo, que ocorre à margem da conferência, visa estimular o acesso à habitação a preços acessíveis.
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Fonte: Sapo
