Marcelo Lebre, cofundador e presidente da Remote, foi o 52º convidado do podcast “E Se Corre Bem?”. Na conversa, ele reflete sobre a sua trajetória profissional, os desafios que enfrentou durante o curso de engenharia na Universidade de Aveiro e como as influências da sua infância, especialmente do avô, despertaram a sua curiosidade e ambição.
Lebre descreve a sua infância numa aldeia pequena, onde a família era próxima. O seu avô, um entusiasta da literatura e da tecnologia, desempenhou um papel fundamental na sua formação. “Ele era o ‘engenhocas’ da aldeia”, recorda. Essa paixão pelo conhecimento foi herdada por Marcelo, que, apesar de ter seguido engenharia, desenvolveu um interesse pelo Código Civil. “Percebi que as regras da sociedade não são tão simples como parecem”, afirma.
A sua determinação é clara quando diz: “Nada é impossível. O impossível é apenas uma definição de baixa probabilidade.” Desde pequeno, sonhou em ser astronauta, mas a realidade portuguesa não lhe permitiu seguir esse caminho. “Quando disse ao meu avô que queria ser astronauta, ele riu-se e explicou que não havia um programa aeroespacial em Portugal”, recorda. Essa frustração levou-o a buscar outras formas de realização.
“Decidi que, se não podia ir para o espaço, ia pilotar um avião da força aérea”, mas perdeu a oportunidade por um detalhe. A sua resposta a essa situação foi procurar um novo caminho e, por isso, decidiu estudar engenharia. “A Universidade de Aveiro era uma referência, e eu queria fazer parte disso”, diz.
Contudo, os primeiros anos de faculdade foram desmotivadores. Marcelo recorda um momento em que um professor disse que não estava ali para ensinar programação. “Levantei-me e questionei-o. Achei injusto e falta de profissionalismo”, revela. Essa insatisfação levou-o a considerar a transferência para outro curso, mas um professor inspirador fez com que mudasse de ideia e se mantivesse na engenharia.
Após concluir o curso, Marcelo passou três anos em investigação, mas sentiu que precisava de mais. “Adorei a investigação, mas não via progressão em Portugal”, explica. Assim, decidiu aceitar uma proposta da Novabase, onde enfrentou desafios pessoais, como a ansiedade.
Foi nesse contexto que conheceu Job, o seu futuro sócio. Juntos, começaram a desenvolver a Remote, uma plataforma de gestão de recursos humanos. “O clique surgiu quando percebemos que queríamos ajudar as pessoas a encontrar o melhor emprego”, explica. Apesar de várias rejeições, a determinação levou-os a avançar. “Nunca há um momento perfeito para começar”, afirma.
A Remote cresceu rapidamente, tornando-se um unicórnio em menos de três anos. Marcelo não se deixa deslumbrar pelo sucesso. “Estou focado em fazer acontecer”, diz. Para ele, o objetivo é permitir que as empresas gerem os seus recursos humanos de forma eficiente, sem limitações geográficas.
Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. É uma iniciativa do ECO, onde Diogo Agostinho partilha histórias inspiradoras que encorajam as pessoas a arriscar e a acreditar nas suas capacidades. Leia também: “O que é ser um unicórnio em Portugal?”
Marcelo Lebre Marcelo Lebre Marcelo Lebre Marcelo Lebre Nota: análise relacionada com Marcelo Lebre.
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Fonte: ECO
