A literacia financeira é um tema em constante evolução, e a análise da performance dos investimentos é uma parte fundamental desse processo. Quando decidimos investir as nossas poupanças, o principal objetivo é obter um retorno financeiro. No entanto, a forma como analisamos a performance dos nossos investimentos pode fazer toda a diferença no resultado final.
Um dos aspectos mais importantes a considerar é a relação entre risco e retorno. Em geral, quanto maior o risco associado a um investimento, maior o potencial de retorno, mas também o de perda. Este conceito é medido pela volatilidade, que indica as oscilações de preço de um ativo. O nosso objetivo deve ser garantir que o nosso património não perde poder de compra. Para isso, é essencial que a rentabilidade dos nossos investimentos supere a inflação.
Com uma vasta gama de opções de investimento disponíveis, criar uma carteira que se alinhe com as nossas expectativas pode ser um desafio. Após a construção da carteira, o próximo passo é monitorizar a evolução dos investimentos e analisar a performance de forma detalhada. Mas será que todos sabemos como analisar a performance de uma carteira de investimento?
Para ilustrar a importância desta análise, vamos considerar dois exemplos práticos.
No primeiro exemplo, investimos 1.000€ no ativo A. No primeiro ano, este ativo desvalorizou 33%, e no segundo ano, valorizou 50%. Ao final do primeiro ano, o nosso investimento tinha diminuído para 670€. Com a valorização de 50% no segundo ano, o valor final do investimento ficou em 1.005€. Portanto, a rentabilidade acumulada ao longo dos dois anos foi de apenas 0,5%.
No segundo exemplo, investimos também 1.000€ no ativo B. Neste caso, a performance foi mais estável, com uma rentabilidade de 5% no primeiro ano e 4% no segundo. Ao final do primeiro ano, o património subiu para 1.050€, e no segundo ano, com a valorização de 4%, o valor final chegou a 1.092€. Assim, a rentabilidade acumulada foi de 9,2%.
A análise destes dois exemplos revela que, apesar do ativo A ter apresentado uma valorização significativa no segundo ano, a sua volatilidade resultou numa performance inferior ao ativo B, que, embora menos arriscado, conseguiu gerar um retorno superior. Este contraste evidencia a importância de saber analisar a performance de forma precisa, pois muitos poderiam inicialmente considerar que o ativo A era a melhor opção, baseando-se apenas nas percentagens de valorização e desvalorização.
A conclusão é clara: a análise da performance dos investimentos deve ser feita com atenção aos detalhes. Cada pormenor conta na hora de capitalizar as nossas poupanças. Compreender como analisar a performance de forma eficaz é essencial para garantir que os nossos investimentos sejam rentáveis e que o nosso património se mantenha protegido contra a inflação.
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Fonte: Doutor Finanças
