O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, afirmou esta sexta-feira que o Governo português “não aceita ultimatos nem ameaças” da Ryanair, após a companhia aérea irlandesa ter anunciado a suspensão dos voos para os Açores a partir de março de 2026. A Ryanair justificou esta decisão com o aumento das taxas aeroportuárias e acusou o Governo de falta de ação.
As declarações foram feitas durante o 24.º Congresso da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), que decorreu em Vilamoura, no Algarve. O governante expressou surpresa com as afirmações da Ryanair, considerando-as fora das normas habituais de relacionamento institucional. “Do lado do Governo português não vai ter a mesma resposta”, sublinhou.
Miguel Pinto Luz descreveu algumas das alegações da Ryanair como “desonestas”, uma vez que a companhia comparou períodos que não são comparáveis. O ministro destacou que as taxas de navegação aérea têm vindo a descer desde 2023, colocando Portugal entre os países mais competitivos da Europa. “É só avaliar a evolução das taxas nos últimos anos e algumas das afirmações até são desonestas desse ponto de vista”, afirmou.
O ministro recordou que tanto o Governo Regional dos Açores como o Turismo de Portugal têm apoiado a Ryanair para manter voos para Portugal, especialmente para a região dos Açores. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que a Região Autónoma dos Açores não saia prejudicada. Mas não aceitamos ultimatos, nem ameaças, nem falsas alegações. Somos pela verdade”, concluiu.
A Ryanair anunciou na quinta-feira que irá cancelar todos os voos de e para os Açores a partir de 29 de março de 2026, citando “taxas elevadas” e acusando o Governo português de “inação”, após um aumento de 120% nas taxas de navegação aérea e a introdução de uma nova taxa de viagem de dois euros. Esta situação levanta preocupações sobre o impacto que a saída da Ryanair terá na conectividade da região e no turismo local.
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Fonte: ECO





