A partir de 1 de março, os veículos pesados de mercadorias deixarão de pagar portagem na Circular Regional Exterior do Porto (CREP), especificamente durante as horas de ponta. Esta medida foi anunciada pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, numa reunião com autarcas da Área Metropolitana do Porto.
Os períodos em que os camiões estarão isentos de portagem na CREP são entre as 07h00 e as 10h00 e entre as 16h00 e as 19h00. O objetivo é incentivar a utilização da CREP em detrimento da VCI (Via de Cintura Interna), que enfrenta problemas significativos de tráfego. Miguel Pinto Luz destacou que a VCI é uma das vias mais congestionadas do país, sem comparação com outras áreas metropolitanas.
O presidente da Câmara do Porto, Pedro Duarte, sublinhou que esta medida deve ser complementada com outras iniciativas para a VCI, que serão propostas ao Governo até ao final do ano. O ministro também esclareceu que a isenção de portagem se aplica exclusivamente aos pesados de mercadorias e que várias soluções para a VCI estão a ser consideradas, embora não tenha avançado detalhes.
Duarte mencionou a possibilidade de instalar pórticos que desincentivem a passagem de camiões pela cidade e pela área metropolitana. Além disso, foi sugerida a proibição de pesados durante os horários críticos, como forma de melhorar a fluidez do trânsito.
Ambos os responsáveis pediram cautela quanto às expectativas em relação a esta medida, frisando que se trata do início de um processo que exigirá tempo para mostrar resultados. Miguel Pinto Luz afirmou que transformações deste tipo requerem um período de um a três anos para se avaliar o impacto real.
O autarca do Porto também destacou que a questão da VCI não se resolve com uma única medida, mas cada passo dado é positivo. Ele reconheceu que, após anos de inação, esta decisão marca um ponto de viragem importante.
O ministro acrescentou que as autoridades competentes estarão atentas, realizando estudos de tráfego e monitorizando os comportamentos na área metropolitana. Além disso, enfatizou que a resolução do problema do trânsito não depende apenas da isenção de portagem na CREP, mas também de investimentos em transportes públicos e no Metro do Porto.
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Fonte: Sapo





