Congelamento das propinas no ensino superior é um retrocesso

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, expressou a sua forte oposição ao congelamento das propinas no ensino superior, considerando esta decisão uma “péssima escolha” e um “retrocesso histórico”. As suas declarações foram feitas em Braga, durante a cerimónia de encerramento do 20.º aniversário do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL).

Fernando Alexandre sublinhou que a aprovação da proposta do PS, que mantém o congelamento das propinas para o ano letivo de 2026/2027, torna as instituições de ensino superior “dependentes do Governo”. Para o ministro, essa dependência compromete a autonomia das instituições, limitando a sua capacidade de inovação e de competição a nível internacional.

“Instituições dependentes do Governo são instituições sem autonomia. Lamento que esta decisão tenha sido aprovada por todas as bancadas, exceto pelo PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal. É um retrocesso que afeta o ensino superior português”, afirmou o ministro.

O Governo tinha proposto um aumento das propinas para as licenciaturas, passando de 697 para 710 euros, além do descongelamento das propinas dos mestrados. Contudo, a decisão do Parlamento de manter o congelamento foi considerada errada por Fernando Alexandre, que alertou para as consequências negativas que esta medida pode ter no sistema de ensino superior e no desenvolvimento do país.

O ministro destacou que as instituições de ensino superior em Portugal têm atraído muitos estudantes internacionais devido à sua qualidade. No entanto, com o congelamento das propinas, estas instituições poderão enfrentar dificuldades em competir com universidades de outros países. “Agora, não poderão continuar a competir com os seus rivais internacionais, pois estão limitadas por esta decisão”, lamentou.

Fernando Alexandre também abordou a questão do acesso ao ensino superior, afirmando que a principal barreira não são as propinas, mas sim a falta de alojamento. O Governo está a investir “centenas de milhões de euros” para criar mais 11 mil camas para estudantes no próximo ano, garantindo que “nenhum aluno fica excluído do ensino superior por causa da propina”.

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Por fim, o ministro elogiou o INL como um exemplo de colaboração entre Portugal e Espanha, destacando a importância de parcerias que promovem a ciência e a inovação. “Com esta colaboração, conseguimos construir projetos com mais impacto, tanto do ponto de vista científico como da inovação”, concluiu.

Leia também: O impacto das propinas no acesso ao ensino superior em Portugal.

congelamento das propinas Nota: análise relacionada com congelamento das propinas.

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Fonte: ECO

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