A Galp inaugurou recentemente um novo laboratório de inovação no Rio de Janeiro, Brasil, com um investimento de aproximadamente 17 milhões de euros. Este centro, denominado Laboratório para a Inovação e Descarbonização by Galp (Id.Lab), visa desenvolver projetos focados na descarbonização e na produção de combustíveis de baixo carbono.
O laboratório, que resulta de uma parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ocupa uma área de cinco mil metros quadrados. Este espaço inclui laboratórios especializados, áreas de microscopia eletrónica de alta resolução, impressoras 3D para prototipagem, reatores catalíticos para captura e utilização de CO2 e hidrogénio, espetrómetros de massa e plantas-piloto para hidrotratamento e Craqueamento Catalítico Fluido (FCC).
Situado no Centro de Tecnologia e Pesquisa do LIPCAT, na Ilha do Fundão, o laboratório de inovação da Galp começará a operar com uma equipa de cerca de 70 investigadores e engenheiros. Estes profissionais estarão focados em projetos que abrangem desde a exploração e produção até o refino e a criação de combustíveis de baixo carbono. O objetivo é otimizar operações industriais e reduzir as emissões ao longo de toda a cadeia de produção energética.
Além disso, o Id.Lab integra uma rede que inclui uma unidade-irmã na refinaria de Sines, em Portugal. A Galp espera que este laboratório produza mais de 20 publicações científicas anualmente e cinco novas patentes. O responsável científico pelo Id.Lab, professor João Monnerat, sublinhou que o laboratório desenvolverá tecnologias que impulsionam os negócios atuais, desde a exploração até o refino, ao mesmo tempo que abre caminho para novas fontes de energia, como o hidrogénio verde e combustíveis sustentáveis para aviação.
A Galp, que está presente no Brasil desde 2000, tem participado em vários projetos, incluindo a bacia de Santos, que abriga a maior acumulação conhecida de petróleo e gás natural em águas ultraprofundas. Nos primeiros nove meses deste ano, a Galp reportou um lucro de 973 milhões de euros, um aumento de 9% em relação ao mesmo período de 2024, com um recorde de 407 milhões de euros no terceiro trimestre, um crescimento de 53%.
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Fonte: ECO
