A Itália está a preparar um aumento significativo no imposto sobre rendimentos estrangeiros para novos residentes, que poderá subir 50%, fixando-se em 300 mil euros. Esta proposta, que está a ser discutida no âmbito do projeto de lei orçamental para 2026, poderá ter um impacto considerável sobre os expatriados que escolheram Milão como o seu novo lar, atraídos por um sistema fiscal mais favorável.
Nos últimos dez anos, a capital financeira italiana tem sido um destino privilegiado para os super-ricos de todo o mundo, que se mudaram para a cidade em busca de qualidade de vida e incentivos fiscais que lhes permitiam pagar uma quantia fixa sobre os rendimentos obtidos no estrangeiro. No entanto, esta situação tem gerado descontentamento entre os cidadãos italianos, especialmente em Milão, que acusam o sistema fiscal de contribuir para o aumento dos preços da habitação e para a escassez de casas.
Um representante do ministério das Finanças italiano anunciou que a proposta de aumento do imposto sobre estrangeiros foi incluída no orçamento de 2026, que também prevê cortes fiscais e aumentos nas despesas sociais, incluindo uma redução fiscal para trabalhadores de rendimentos baixos e médios. O governo de Giorgia Meloni está a tentar equilibrar as necessidades fiscais do país com a pressão sobre as famílias, que têm visto o seu poder de compra diminuir devido à inflação elevada desde a pandemia.
Se a proposta for aprovada pelo Parlamento nas próximas semanas, o novo imposto sobre estrangeiros entrará em vigor em janeiro de 2026. Este será o segundo aumento de impostos sobre os super-ricos estrangeiros, uma vez que, no ano passado, o governo já tinha duplicado o imposto fixo para novos residentes, elevando-o para 200 mil euros.
Meloni, numa conferência de imprensa em Roma, afirmou que esta é uma lei orçamental que visa responder às necessidades concretas das famílias, empresas e trabalhadores italianos. Com as eleições gerais previstas para 2027, a primeira-ministra está a tentar aliviar a pressão financeira sobre os cidadãos, que se sentem cada vez mais sobrecarregados pelas dificuldades económicas.
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Fonte: ECO
