No Dia Mundial de Combate ao Bullying, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) lançou um apelo aos pais para que se informem sobre o fenómeno do cyberbullying. Este tipo de assédio, que ocorre através da tecnologia, é uma preocupação crescente, uma vez que a maioria das vítimas não recorre a adultos para pedir ajuda. Muitas crianças e jovens temem a reação dos pais e a possível perda de acesso às suas tecnologias digitais. Por isso, é fundamental que os cuidadores abordem o tema com os seus filhos.
O que é o cyberbullying? Trata-se de uma forma de bullying que utiliza plataformas digitais para assediar, ameaçar ou humilhar alguém. Exemplos incluem o envio de mensagens ofensivas, a criação de perfis falsos e a partilha de conteúdos desrespeitosos nas redes sociais. A OPP sublinha que o cyberbullying não deve ser normalizado, pois não faz parte do crescimento saudável das crianças. Este fenómeno pode ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar, colocando os jovens em risco, especialmente quando têm acesso a dispositivos sem supervisão.
Os sinais de alerta são variados. Os pais devem estar atentos a mudanças no comportamento dos filhos, como tristeza, ansiedade ou isolamento. Se uma criança se mostra nervosa ao receber mensagens ou tenta esconder a sua vida digital, pode ser um sinal de que está a ser vítima de cyberbullying. Além disso, a diminuição do uso de dispositivos eletrónicos ou o afastamento de amigos e familiares são também indicadores preocupantes.
Para prevenir situações de cyberbullying, é essencial estabelecer regras claras sobre a utilização das tecnologias digitais. Os pais devem conhecer o mundo online dos seus filhos, respeitando a sua privacidade, mas mantendo-se informados sobre as páginas que visitam e as pessoas com quem interagem. Ensinar os jovens sobre segurança online e a importância de não partilhar informações pessoais é crucial. Os pais devem também promover a reflexão antes de publicar conteúdos, ajudando os filhos a resistir ao impulso de agir impulsivamente.
Caso uma situação de cyberbullying ocorra, os pais devem oferecer apoio e conforto, assegurando aos filhos que não estão sozinhos e que juntos encontrarão uma solução. É aconselhável limitar o acesso à internet até que a situação seja resolvida e denunciar ou bloquear o agressor. Além disso, é importante guardar evidências das interações, que podem ser úteis para a escola ou autoridades. Se as agressões forem graves, como ameaças ou chantagens, os pais devem contactar as autoridades competentes.
A OPP destaca que a comunicação aberta entre pais e filhos é fundamental para prevenir e lidar com o cyberbullying. Ao abordar este tema de forma proativa, os cuidadores podem ajudar a criar um ambiente seguro para as crianças e jovens.
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Fonte: Sapo
