O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) expressou, em comunicado, a sua preocupação com a gestão da TAP, que considera ter demonstrado “uma ineficiência notável no planeamento da operação”. Esta situação, segundo o sindicato, resulta em custos elevados com trabalho suplementar, afetando negativamente a saúde financeira da companhia aérea.
O SPAC sublinha que, em vez de otimizar os processos operacionais, a gestão da TAP tem optado por criar departamentos redundantes, como o novo “Gabinete de Estratégia de Recursos Humanos e Relações Laborais”. Esta decisão, conforme o sindicato, apenas duplica funções existentes e aumenta os custos administrativos, sem trazer benefícios tangíveis para a empresa.
Recentemente, a TAP reportou uma mudança significativa nos seus resultados financeiros, passando de um lucro de 37,5 milhões de euros no segundo trimestre para um prejuízo de 70,7 milhões de euros no primeiro semestre deste ano. O SPAC apontou ainda para o “despesismo” da gestão e para os custos associados à constituição de provisões para indemnizações, que podem ultrapassar centenas de milhões de euros devido a processos judiciais relacionados com incumprimentos da legislação laboral anterior.
Os pilotos afirmam que a verdadeira questão da TAP não são os custos laborais. “Os salários dos pilotos portugueses estão alinhados, e em muitos casos abaixo, dos praticados pelos seus pares europeus”, destacam. A fragilidade da TAP, segundo o SPAC, reside nas suas receitas, limitadas por restrições impostas pela Comissão Europeia, resultado da intervenção estatal e do plano de reestruturação aprovado.
O sindicato critica ainda a comparação da TAP com grupos como a IAG, Lufthansa ou Air France-KLM, que puderam crescer sem restrições. “A TAP vê-se artificialmente limitada, tornando qualquer comparação com estas empresas injusta e inaceitável”, afirmam.
Helder Santinhos, presidente da direção do SPAC, defende que não faz sentido culpar os pilotos por problemas gerados por decisões políticas e má gestão. “A TAP precisa de um dono que invista no seu crescimento, não de mais gabinetes desnecessários. Exigimos maior transparência sobre os custos de gestão e um aceleramento do processo de privatização”, conclui.
O SPAC reafirma que a privatização é a única forma de garantir à TAP uma gestão profissional, responsável e orientada para o crescimento. Leia também: O futuro da TAP e a sua privatização.
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Fonte: Sapo