Mário Centeno, atual governador do Banco de Portugal, confirmou hoje no parlamento que irá permanecer na instituição após deixar o cargo. Durante uma audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), Centeno expressou a sua expectativa de que a sua longa carreira de 35 anos no banco seja respeitada.
“É evidente que eu vou ficar no Banco de Portugal. Eu estou no Banco de Portugal há 35 anos”, afirmou Centeno, em resposta a perguntas dos deputados do PSD e CDS-PP sobre o seu futuro na instituição. O governador foi questionado sobre o que planeia fazer após a sua saída, uma vez que será sucedido por Álvaro Santos Pereira, ex-ministro da Economia.
Paulo Núncio, deputado do CDS-PP, referiu que Santos Pereira já manifestou publicamente a sua intenção de que Centeno não continue no Banco de Portugal. Este contexto levou Núncio a interrogar Centeno sobre as suas intenções. O governador, após várias perguntas, reiterou que espera que a sua carreira seja respeitada, questionando os deputados sobre a importância de 35 anos de serviço.
Centeno citou exemplos de antigos administradores do Banco de Portugal que, após o término dos seus mandatos, passaram a ser consultores do Conselho de Administração. “O meu caso não é diferente”, disse, embora não tenha especificado se seguirá o mesmo caminho.
Durante a mesma audição, o deputado do PSD, Alberto Fonseca, insistiu na questão da permanência de Centeno na instituição. Após alguma hesitação, Centeno confirmou que continuará no Banco de Portugal. A discussão também abordou a nomeação do atual chefe de gabinete, Álvaro Novo, para um novo cargo, mas Centeno não se alongou sobre o assunto.
É importante notar que Centeno já foi consultor da administração do Banco de Portugal entre 2013 e 2015, antes de assumir o cargo de ministro das Finanças. O Governo anunciou em julho que Álvaro Santos Pereira será o próximo governador, e a COFAP já emitiu um parecer positivo sobre a sua nomeação.
A permanência de Mário Centeno no Banco de Portugal poderá trazer continuidade e estabilidade à instituição, especialmente num período em que a economia enfrenta desafios significativos. Leia também: O futuro do Banco de Portugal e as suas implicações para a economia nacional.
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Fonte: Sapo
