Banqueiros apoiam Mário Centeno para vice do BCE

Os banqueiros portugueses manifestaram apoio a Mário Centeno na sua candidatura à vice-presidência do Banco Central Europeu (BCE). Durante a conferência “Banca do Futuro”, promovida pelo Jornal de Negócios, vários líderes do setor financeiro enfatizaram a necessidade de o Governo apoiar a candidatura do ex-governador do Banco de Portugal. A ideia é ter mais portugueses em “lugares chave” nas instituições europeias.

João Pedro Oliveira e Costa, presidente do BPI, sublinhou a importância de um português em posições de destaque na Europa. “O Governo deve sempre apoiar qualquer português num lugar importante na Europa. Precisamos de mais pessoas em lugares de decisão para termos influência”, afirmou. Esta visão é partilhada por outros banqueiros, que consideram que a presença de portugueses em cargos europeus é uma prioridade.

Pedro Castro e Almeida, do Santander Totta, também se alinhou com esta perspectiva. “Não há meias medidas, faz todo o sentido. Deve fazer parte da agenda do governo ter portugueses em cargos europeus. Esta é uma preocupação que existe em todos os países”, destacou. A ideia de que a representação portuguesa é crucial para a influência do país nas decisões europeias é um ponto comum entre os banqueiros.

Miguel Maya, CEO do BCP, reconheceu que Mário Centeno é um “bom nome” para suceder a Luis de Guindos na vice-presidência do BCE. No entanto, Maya alertou que a escolha de um representante português não deve ser feita apenas com base na nacionalidade. “Se for mau [representante], não. Pessoas boas em primeiro lugar. Pessoas boas portuguesas, em segundo lugar. Se forem de igual competência, prefiro, de longe, um português”, declarou.

Francisco Cary, administrador da Caixa Geral de Depósitos, também elogiou Centeno, afirmando que ele “tem o currículo, experiência e capacidade” para o cargo. No entanto, Cary reforçou que o mais importante é que o candidato seja competente, independentemente da sua nacionalidade. “Ter pessoas com o melhor conhecimento da realidade portuguesa em lugares chave em instituições europeias tendencialmente ajudará aos desafios específicos de Portugal”, concluiu.

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A candidatura de Mário Centeno ao BCE é, assim, vista como uma oportunidade não só para o próprio, mas também para reforçar a presença portuguesa em instituições que moldam as políticas económicas da Europa. Leia também: O impacto da política monetária na economia portuguesa.

Mário Centeno Mário Centeno Nota: análise relacionada com Mário Centeno.

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Fonte: ECO

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