O Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) está a considerar a emissão de ‘defence bonds’, uma nova modalidade de obrigações que visa financiar a segurança nacional. O anúncio foi feito pelo presidente da instituição, Pedro Cabeços, que explicou que esta iniciativa surge num contexto de crescente necessidade de investimento em áreas relacionadas com a defesa.
As ‘defence bonds’ são, essencialmente, títulos de dívida que os investidores podem adquirir, com o objetivo de apoiar diretamente a segurança do país. Este tipo de obrigações é uma forma de mobilizar recursos financeiros para projetos que garantam a proteção e a defesa da nação. A ideia é que os fundos obtidos através da emissão destas obrigações sejam canalizados para iniciativas que reforcem a segurança nacional, como a modernização das forças armadas e o desenvolvimento de tecnologias de defesa.
A proposta de emissão de ‘defence bonds’ surge num momento em que muitos países estão a reavaliar as suas estratégias de segurança, especialmente face a desafios globais. A crescente instabilidade geopolítica e as ameaças à segurança cibernética têm levado os governos a procurar novas formas de financiamento para garantir a proteção dos seus cidadãos. Neste sentido, a introdução das ‘defence bonds’ pode ser vista como uma resposta a estas preocupações.
Pedro Cabeços sublinhou que a análise sobre a viabilidade da emissão destas obrigações está ainda em fase inicial. Contudo, a expectativa é que, se avançar, esta medida possa atrair um novo perfil de investidores, interessados não apenas no retorno financeiro, mas também em contribuir para a segurança do país. A emissão de ‘defence bonds’ poderá, assim, criar uma nova oportunidade para o mercado de capitais em Portugal.
Além disso, a introdução deste tipo de obrigações pode também ter um impacto positivo na economia nacional, ao gerar emprego e estimular o crescimento em setores relacionados com a defesa. Através da captação de recursos, o governo poderá investir em projetos que não só reforçam a segurança, mas que também promovem a inovação e o desenvolvimento tecnológico.
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Em suma, as ‘defence bonds’ representam uma nova abordagem para o financiamento da segurança nacional em Portugal. A sua emissão poderá não apenas fortalecer a defesa do país, mas também abrir novas oportunidades para investidores e contribuir para o crescimento económico.
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Fonte: ECO